sexta-feira, 10 de junho de 2011

O PODER DA PAIXÃO

Por Danuza Leão


"Do primeiro ela gostou porque era ciumento? 


Para muitos, ciúme é prova de amor. Ele controlava sua vida, telefonava o dia todo e, se ela tivesse ido ao cinema, pedia para contar o filme; armava ciladas para ver se descobria alguma contradição e às vezes até parecia decepcionado por não conseguir flagrá-la em nenhuma mentira. Ciumentos não precisam de razão para sofrer.

 Um dia acabou, claro, e ela partiu para o oposto. 


Esse tinha a cuca bem fresca e, se chegasse em casa depois dele, não havia perguntas; podia sair para jantar com uma amiga, na volta ele já estava dormindo e dormindo continuava. Como não há mulher que suporte isso, o romance também acabou. 

Aí ela resolveu ficar sozinha por uns tempos: homens são muito espaçosos, criam muito caso, e com eles não se tem tempo para nada. 

Quem mora só desfruta de todos os direitos, entre eles o de manter a geladeira vazia, fazer ginástica à noite e dormir cheia de cremes na cara, o que não tem preço. 

Mas não demorou muito a lua-de-mel com ela mesma; achou que já era hora de arranjar um namorado novo, mas estava determinada: morar junto, nunca mais. 


Difícil mesmo foi combinar as regras do novo jogo: vale telefonar às 11 da noite para dar um beijinho de boa noite? Vale, claro. Mas, se o outro não estiver em casa, dá para perguntar por onde ele andava? E, se o telefone estiver ocupado durante horas, é lícito perguntar: "Com quem você estava falando?" De preferência, não, pois perguntar já é controle, e isso não pode.
 

Começou a não dar certo. Se ele dormisse na casa dela toda noite, virava casamento; mas, se dizia "Te ligo amanhã", ela se sentia rejeitada. Acabaram chegando ao impasse: ou se separavam ou iam morar juntos e ter um filho. Tiveram juízo e preferiram acabar. 

Mas, pensou, não é possível passar a vida juntando e separando, juntando e separando. Como viver nesse vai-e-vem emocional? Qual a saída? Descobriu que "saída" não existe e que ninguém é feliz 24 horas por dia; que viver junto é ótimo, mas às vezes um verdadeiro inferno...

 (e viver só também). 

Então, passou a se preparar para os futuros namoros (ou casamentos). 

Quais as qualidades mais importantes para conseguir viver a dois sem sucumbir aos ímpetos assassinos que às vezes surgem? Começou a se perguntar se era paciente, tolerante, se tinha jogo de cintura, se era capaz de mudar de opinião quando preciso, se gostava de crianças (não existe homem a partir dos 25 que não venha com pelo menos duas). 

Conseguiria não ter ciúmes delas nem da mãe delas? 
Seria capaz de fazer das tripas coração e passar a noite de Natal com a família dele, sorrindo e sem beber uma só gota de álcool (reuniões familiares são estressantes e a combinação stress + álcool não costuma dar certo), tendo a coragem de reconhecer que queria estar numa praia do Nordeste com ele ou sem ele, talvez de preferência sem? 

E chegou à conclusão de que é capaz de tudo isso, sim, e de muito mais, com uma única condição: estar apaixonada!!!"
 
 
 


Viva a paixão! Viva o amor... seja do jeito que for!!!
Beijos apaixonados...sempre!

2 comentários:

  1. Essa é a mais pura verdade... e que viva a PAIXAO SEMPRE.
    Simone

    ResponderExcluir
  2. Nossa Rita, acho que essa matéria foi especialmente pra mim né?! Adorei, bjs!!! Cristina Almeida

    ResponderExcluir

COMENTÁRIOS QUE INCENTIVAM... OBRIGADA PELA GENTILEZA !!!